Na última quinta-feira dia 10 de novembro, nossa cidade recebeu novamente a autora Roseana Murray através do Festival Literário de Cataguases-FELICA/2011.
O encontro com a autora aconteceu na Casa da Leitura, na Chácara Dona Catarina.
Roseana era aguardada por estudantes, professoras e fãs. Para esperar sua chegada algumas pessoas declamaram alguns poemas dela e contaram suas histórias.
O encontro com a autora aconteceu na Casa da Leitura, na Chácara Dona Catarina.
Roseana era aguardada por estudantes, professoras e fãs. Para esperar sua chegada algumas pessoas declamaram alguns poemas dela e contaram suas histórias.
A professora, atriz e diretora de teatro Jaqueline Gouvea foi uma das contadoras de histórias da tarde.
As jovens Camila e Clara, declamando poemas de Roseana Murray.
Logo que Roseana chegou, sem nem mesmo deixar que ela se aproximasse mais de seu público, um repórter da TV Panorama invadiu o espaço cultural para fazer seu trabalho. Eu fiquei por uns momentos sem saber quem era a estrela da tarde: se a Panorama ou a Rosena Murray; tamanha a penetração desrespeitosa dos profissionais da TV com a autora e seu público.
Isso comprovou a fala de Roseana no poema Máquinas quando ela diz:
Isso comprovou a fala de Roseana no poema Máquinas quando ela diz:
Agora todos falam
a língua das máquinas.
A TV faz de conta
que o mundo é dela,
é sempre igual,
é o que cabe
dentro dela.
Timidamente eu discordo,
penso que o mundo
é um acorde imenso
de imensas geografias
e diferenças.
Nenhum homem é igual
a outro homem.
E só por esse mistério
a vida
já vale a pena.
a língua das máquinas.
A TV faz de conta
que o mundo é dela,
é sempre igual,
é o que cabe
dentro dela.
Timidamente eu discordo,
penso que o mundo
é um acorde imenso
de imensas geografias
e diferenças.
Nenhum homem é igual
a outro homem.
E só por esse mistério
a vida
já vale a pena.
Mas Roseana Murray é Roseana Murray, brilhou e brilhou.
Roseana declamando para nós.
Roseana fazendo dinâmicas de leitura com s crianças e jovens.
Estudantes de Pedagogia da FIC-UNIS de Cataguases e crianças delamando junto com Roseana Murray.
Temporal
Na tarde lenta
nuvens se amontoam
no céu
como gado na porteira.
De repente,
o mundo despenca
lá de cima,
líquido.
O vento vira
demônio no terreiro.
O aguaceiro
faz do campo
um oceano.
Depois da chuva,
num coral todo verde,
as árvores agradecem.
Na tarde lenta
nuvens se amontoam
no céu
como gado na porteira.
De repente,
o mundo despenca
lá de cima,
líquido.
O vento vira
demônio no terreiro.
O aguaceiro
faz do campo
um oceano.
num coral todo verde,
as árvores agradecem.
Os poemas aqui apresentados estão no livro Paisagens, da editora Lê.
Valeu Geraldo organizador do FELICA; obrigada Roseana Murray.
Valeu Geraldo organizador do FELICA; obrigada Roseana Murray.
Nenhum comentário:
Postar um comentário