O livro é o resultado de longa pesquisa sobre a vida e obra do poeta de Florianópolis João da Cruz e Sousa. Maria Aparecida mostra nessa pesquisa o quanto a vida de Cruz e Sousa em todos os aspectos se viu prejudicada e extremamente sofrida, em função do preconceito racial que imperava no Brasil do século XIX.
De acordo com o professor Joaquim Branco, o interesse de Maria Aparecida pelo poeta aconteceu desde a primeira aula em que a obra e vida de Cruz e Sousa foi assunto analisado pela turma de Letras. Após a aula Cida o procurou para dizer que Cruz e Sousa seria o escolhido para a monografia de final de curso. E Cida manteve seu primeiro pensamento e fala; o livro está aqui para refletirmos junto com a autora sobre esse poeta que é considerado por Roger Bastide um dos três maiores simbolistas da literatura universal; os outros são: Stefan George (alemão) e Mallarmé (francês).
Maria Aparecida apresentando a trajetória de vida do poeta Cruz e Sousa à plateia presente composta por amigos, familiares, filhos, esposo, estudantes do curso de História e cidadãos cataguasenses engajados na luta pela valorização do negro em nossa sociedade.
O lançamento do livro fez parte da Semana da Consciência Negra quando vários eventos estão acontecendo em nossa cidade neste final de semana.
Após a exposição de Cida ouvimos um poema de Cruz e Sousa na voz de Elizete uma das mulheres atuantes nessa luta.
Também tivemos nessa noite a oportunidade de vermos o APNs - Agentes da Pastoral Negros de Cataguases com uma belíssima apresentação de dança.
O grupo de canto e dança APNs é formado por adolescentes e jovens moradores dos bairros São Vicente, Justino e Vila Reis em Cataguases; abrilhantaram a noite de autógrafos da Maria Aparecida F. Ferreira.
VELUDOSAS VOZES DO CISNE NEGRO
Cruz e sousa é o poeta mais importante do Simbolismo no Brasil, embora tenha sofrido muito preconceito e não tenha sido reconhecido por nossos nomes das letras nacionais, inclusive por Machado de Assis. O que se observará neste estudo é toda uma luta de uma pessoa inteligente, íntegra e sonhadora, e que se vê tolhida nos seus mais recônditos anseios, chegando mesmo a ser perseguido em seus projetos pelo simples fato de ser negra, ainda que as veludosas vozes tivessem feito de seus poemas a música de tonalidade mais expressiva de sua época.
Ao estudar a obra Cruz e Sousa e o movimento simbolista no Brasil de Abelardo F. Montenegro, observa-se uma série de equívocos por parte de alguns críticos em relação às obras do poeta, assim como o carinho e o reconhecimento por parte de outros.
Por volta de 1885, a poesia de Cruz e Souza sofria as maiores restrições da parte de críticos preconceituosos e havia aqueles que procuravam, como diziam, colocá-lo em seu devido lugar...
Os escritores franceses, precursores desse novo estilo literário, buscavam uma poesia pura, provinda do espírito irracional e que se opunha a toda a interpretação lógica. Não se escrevia para o leitor entender, e sim para ele sentir. Essa viagem pelo mundo invisível e impalpável do ser humano leva a uma valorização do interior do "eu" lírico. É uma introspecção à procura da transcendência. A poesia simbolista representa o culto pelo mistério, a identificação com a noite e uma relação de intimidade com a dor, expressando o que há de mais profundo no poeta.
Este estudo buscou mostrar a trajetória de um homem que não temia os obstáculos, antes os enfrentava como um guerreiro. Um sonhador, que, por acreditar em um mundo mais justo, por ousar construir esse mundo, foi "emparedado" pela incompreensão e pela hostilidade daqueles que, de tão pequenos, não o alcançaram.
E tudo isso pode ser visto ou entrevisto em sua poesia.
Não posso deixar de citar o delicioso coquetel regado a comidas típicas do interior mineiro: broas e bolos caseiros, frutas diversas, mandioca frita, torresmo, batata doce... Tudo muito saboroso.
Parabéns ao José Otoni e equipe organizadora.
De acordo com o professor Joaquim Branco, o interesse de Maria Aparecida pelo poeta aconteceu desde a primeira aula em que a obra e vida de Cruz e Sousa foi assunto analisado pela turma de Letras. Após a aula Cida o procurou para dizer que Cruz e Sousa seria o escolhido para a monografia de final de curso. E Cida manteve seu primeiro pensamento e fala; o livro está aqui para refletirmos junto com a autora sobre esse poeta que é considerado por Roger Bastide um dos três maiores simbolistas da literatura universal; os outros são: Stefan George (alemão) e Mallarmé (francês).
Maria Aparecida apresentando a trajetória de vida do poeta Cruz e Sousa à plateia presente composta por amigos, familiares, filhos, esposo, estudantes do curso de História e cidadãos cataguasenses engajados na luta pela valorização do negro em nossa sociedade.
O lançamento do livro fez parte da Semana da Consciência Negra quando vários eventos estão acontecendo em nossa cidade neste final de semana.
Após a exposição de Cida ouvimos um poema de Cruz e Sousa na voz de Elizete uma das mulheres atuantes nessa luta.
Também tivemos nessa noite a oportunidade de vermos o APNs - Agentes da Pastoral Negros de Cataguases com uma belíssima apresentação de dança.
O grupo de canto e dança APNs é formado por adolescentes e jovens moradores dos bairros São Vicente, Justino e Vila Reis em Cataguases; abrilhantaram a noite de autógrafos da Maria Aparecida F. Ferreira.
VELUDOSAS VOZES DO CISNE NEGRO
Cruz e sousa é o poeta mais importante do Simbolismo no Brasil, embora tenha sofrido muito preconceito e não tenha sido reconhecido por nossos nomes das letras nacionais, inclusive por Machado de Assis. O que se observará neste estudo é toda uma luta de uma pessoa inteligente, íntegra e sonhadora, e que se vê tolhida nos seus mais recônditos anseios, chegando mesmo a ser perseguido em seus projetos pelo simples fato de ser negra, ainda que as veludosas vozes tivessem feito de seus poemas a música de tonalidade mais expressiva de sua época.
Ao estudar a obra Cruz e Sousa e o movimento simbolista no Brasil de Abelardo F. Montenegro, observa-se uma série de equívocos por parte de alguns críticos em relação às obras do poeta, assim como o carinho e o reconhecimento por parte de outros.
Por volta de 1885, a poesia de Cruz e Souza sofria as maiores restrições da parte de críticos preconceituosos e havia aqueles que procuravam, como diziam, colocá-lo em seu devido lugar...
Os escritores franceses, precursores desse novo estilo literário, buscavam uma poesia pura, provinda do espírito irracional e que se opunha a toda a interpretação lógica. Não se escrevia para o leitor entender, e sim para ele sentir. Essa viagem pelo mundo invisível e impalpável do ser humano leva a uma valorização do interior do "eu" lírico. É uma introspecção à procura da transcendência. A poesia simbolista representa o culto pelo mistério, a identificação com a noite e uma relação de intimidade com a dor, expressando o que há de mais profundo no poeta.
Este estudo buscou mostrar a trajetória de um homem que não temia os obstáculos, antes os enfrentava como um guerreiro. Um sonhador, que, por acreditar em um mundo mais justo, por ousar construir esse mundo, foi "emparedado" pela incompreensão e pela hostilidade daqueles que, de tão pequenos, não o alcançaram.
E tudo isso pode ser visto ou entrevisto em sua poesia.
Maria Aparecida Filipe Ferreira.
POESIA E PRECONCEITO - O preconceito 'nebula' a poesia e a vida de Cruz e Sousa
FUNCEC - Fundação Comunitária Educacional de Cataguases
Pedidos através de aparecidafilipe@yahoo.com.br
Obra beneficiada pela Lei Ascânio Lopes de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo da Prefeitura Municipal de Cataguases - 2011
FUNCEC - Fundação Comunitária Educacional de Cataguases
Pedidos através de aparecidafilipe@yahoo.com.br
Obra beneficiada pela Lei Ascânio Lopes de Incentivo à Cultura, da Secretaria de Cultura, Esportes e Turismo da Prefeitura Municipal de Cataguases - 2011
Não posso deixar de citar o delicioso coquetel regado a comidas típicas do interior mineiro: broas e bolos caseiros, frutas diversas, mandioca frita, torresmo, batata doce... Tudo muito saboroso.
Parabéns ao José Otoni e equipe organizadora.
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