segunda-feira, 27 de outubro de 2014
Ciência Parapsíquica
JONES, Marie D.Ciência parapsíquica – As
Novas descobertas na Física Quântica e na Nova Ciência sobre fenômenos
paranormais.Trads. Newton Roberval Eichemberg, Gilson César Cardoso de Sousa.
São Paulo: Pensamento, 2008.
Marie D. Jones é filha de geofísico,
habituada desde a infância a ouvir os assuntos ligados à ciência em seu
ambiente doméstico. É autora de vários livros, é roteirista, pesquisadora e
palestrante. Suas obras primam por fazer as ligações entre as ideias
transcendentais ou religiosas e as pesquisas científicas buscando a compreensão
de tais temas à luz da ciência.
Juntamente com seu filho Max Jones lançou no
início do ano o primeiro de vários romances que pretende publicar.
1ª Parte – O psi
Capítulo 1
A primeira pergunta foi Fermi quem fez: OVNIs
e a busca de vida inteligente
A autora traça um histórico sobre os discos
voadores desde a origem dos avistamentos de OVNIs por parte das pessoas na
década de 40 do século 20. Apresenta os supostos posicionamentos do governo dos
Estados Unidos da América em relação ao assunto que até os dias atuais não se
tornou absolutamente definido e franco. Ela nos lembra que o avistamento de
OVNIs não é privilégio de alguma nação uma vez que acontece em todas as partes
do globo terreno.
Jones relata nominalmente cientistas que
pesquisaram o assunto e ainda na atualidade; o interesse das pessoas comuns
pelo tema assim como o envolvimento de algumas com os ETs. Lembra que é a mídia
através da imprensa, TV, internet e principalmente o cinema quem mais divulga o
tema.
Cita Valtée como um dos poucos cientistas que
pesquisa a sério o assunto e chegou à conclusão após anos que os ONVIs poderiam
estar vindo de outras dimensões do continuum do espaço-tempo.
Outros homens de ciência estiveram no fim do
século 20 projetando ideias sobre o tema ampliando mais e mais as
possibilidades de contato e interação entre os seres humanos e os tripulantes
dos OVNIs.
Capítulo 2
Espetáculos espectrais:
fantasmas,poltergeists e coisas que aparecem de noite[...] e de dia.
Neste capítulo a autora narra algumas
experiências pessoais com fantasmas ainda na juventude; em seguida faz um
apanhado de relatos de comunidades, amigos, jornais e caçadores de fantasmas
sobre localidades onde são registradas histórias envolvendo aqueles que já
foram para o além através da morte.
Jones explica os fenômenos “poltergeists” de
acordo com os pesquisadores e apresentando casos, autores do tema, livros e
algumas possíveis explicações para o fenômeno.
Esclarece também aqui sobre criptozoologia ou
seja, o estudo bizarro sobre monstros macabros que aparecem em alguns lugares
assustando ou mesmo matando pessoas. Ela lembra o pensamento de Jung e Vallée
que apresentam a possibilidade de o inconsciente coletivo produzir juntamente
com a energia física, fenômenos físicos que atuam e se comportam
‘paranormalmente’.
Capítulo 3
Um mergulho no vazio: vórtices de energia e
zonas de alto grau de estranheza.
Nesse capítulo a autora dedica-se a relatar e
buscar explicações para alguns pontos do planeta como o Triângulo das Bermudas
e o Mar do Diabo, locais onde ocorrem desaparecimento de navios inteiros com
suas tripulações sem deixar vestígios.
Ela cita a teoria de Ivan Sanderson, biólogo profissional, chamada de “vórtices
perversos”, onde enumera 11 localidades do planeta, inclusive no Oceano
Atlântico ao lardo do Rio de Janeiro, no Brasil. Segundo o biólogo nesses
lugares acontecem comportamentos anômalos provocando o desaparecimento de
objetos e animais.Jones abre espaço para a reflexão sobre possíveis viagens
curtas ou não, a outras dimensões através desses vórtices, linhas de força,
neblinas e outros
Capítulo 4
A Mente, o Ilimitado: PES, visão remota e
outros assuntos do tipo Mente-Afeta-Matéria
Aqui Jones apresenta a parapsicologia com seu
objeto de estudo que são dentre outros fenômenos a premonição, o acontecimento
antecipado dos fatos; a clarividência, a capacidade de ver acontecimentos que ocorrem em locais
distantes de quem está tendo a visão; EQM, experiências de quase morte; memória
de vidas passadas.
Cita algumas pesquisas com resultados
favoráveis quanto ao assunto, deixando claro que não há aceitação absoluta
desses resultados.
Sobre a visão remota ou clarividência a
autora faz comentários sobre os anos em que a técnica foi usada pelo governo
americano para investigações da CIA.
Outra técnica que aborda com pouquíssimas
informações são as lembranças de vidas passadas que embora com uma variedade de
significativa de relatos, pesquisadores evidenciam a falta de métodos
científicos para demonstrar com completa evidência a veracidade dos relatos.
A EQM e EFC é outro caminho de pesquisa sem
maiores aprofundamentos e que a autora ventila a possibilidade de adentrarmos a
universos paralelos vividos por nós onde as realidades se cruzam num
determinado ponto vindo mesmo a interagirmos nos universos inclusive com
objetos inanimados produzindo alterações nos mesmos, como por exemplo causar
falhas num computador.
Sobre a
precognição ou a capacidade de ver o futuro, embora muito popular, a autora
reflete sobre a difícil compreensão dessa possibilidade uma vez que a visão
refere-se a algo que está no futuro. Sobre isso busca compreensão no tema
“Energia da alma” que é ensinada por Edgar Cayce como o reservatório de todas
as informações sobre o passado, o presente e o futuro. É também denominado de
“Mundo espiritual”, tão real quanto o mundo físico e nele estão guardadas todas
as informações e tendo a mente condições de observar essa energia trazendo dela
informações.
Outro fenômeno que muito chama a atenção do
mundo científico é a “Psicocinesia” ou seja, a mente sendo capaz de manipular
ou transportar objetos. Jones cita um protótipo criado o REGs, gerador de
acontecimentos aleatórios. A captação da energia desses geradores apresenta-se
em linha reta, porém sempre que fatos marcantes historicamente estão por
acontecer o gráfico sofre alterações significativas de energias captadas. Como
exemplos temos:
-06/09/1997 = bilhões de pessoas pranteando a
morte da princesa Diana.
-11/09/2001 = ataque terrorista às torres
gêmeas nos EUA. Dentre outros fenômenos.
Os cientistas desdenham essas pesquisas e os
parapsicólogos acreditam que a pesquisa sob condições de controle científico
pode produzir uma aceitação mais ampla do fenômeno.
2ª Parte – A Ciência
Capítulo 5
Física quântica 101: Surfistas entrelaçados
não-localmente pegam uma função de onda em colapso.
Jones inicia o capítulo apresentando a
evolução da física desde Isaac Newton que estabeleceu os alicerces da ciência
da mecânica ao reconhecer a gravitação como força fundamental que controla os
movimentos dos corpos, passando por Max Planck na sua “Constante de Planck”, ou
seja, todo quantum tem uma constante/fixa de ação; marcando o verdadeiro início
da física quântica; Albert Einstein ampliou esse pensamento apresentando o
fóton – o quantum de energia luminosa evoluindo para a dualidade de
onda-partícula, estabelecendo que partículas subatômicas e ondas
eletromagnéticas não são elementos tão distintos e definidos em seus papeis
podendo inverter suas atuações.
Posteriormente é apresentado por Heisenberg o
“Princípio da Incerteza”, isso devido a mecânica quântica trabalhar com a
probabilidade; decididamente um objeto observado não tem um valor definido, ele
está sob a intenção ou vontade do observador.
A autora trabalha com as variadas
interpretações dos “Muitos mundos”, que são as possibilidades de ações dentro
de um fato, dando campo à interpretação de que essas inúmeras possibilidades
cria ao nosso redor mundos paralelos com as decisões que não tomamos
Aqui e agora
e supõe que não temos acesso a esses mundos por ocuparem o mesmo espaço
e tempo que nós.
Ela apresenta a divergência existente entre
Einstein e físicos que pesquisavam a versão da física quântica, principalmente em relação ao papel
fundamental que a aleatoriedade desempenha na mecânica quântica ou seja, o
Princípio da Incerteza de Heisenberg. Porém, após 30 anos de debates, o físico
teórico John S. Bell, provou que a não-localidade estava correta: tudo está
ligado em tudo.
Capítulo 6
Um universo em cada esquina ou “Socorro!, há
uma supercorda holográfica em minha membrana!”
Nesse capítulo a autora apresenta as mais
variadas teorias acerca de universos paralelos. Nessa perspectiva sugere-se a
existência de infinitos mundos com infinitas cópias nossas. Essas cópias apenas
se diferem pelas escolhas que fazemos vindo a desdobrar-se em novos universos e
mais cópias. Alguns físicos teóricos pensam que a ideia de vários universos é
de mais fácil compreensão que a ideia de um universo único com dúvidas tais
como:
-Todos os universos permitem o surgimento de
vida inteligente?
-Nosso universo estará produzindo outros
universos?
Alguns cientistas chegam a sugerir a
existência de Deus ou mente inteligente para determinar ou não a vida nesses
universos porém, outros ridicularizam esse princípio.
Também nos apresenta a teoria do físico Alain
Aspect, denominada de entrelaçamento. Nessa proposta partículas subatômicas
comunicam-se instantaneamente entre si, independente da distância que as
separa. Assim acredita-se que tudo está em tudo não existindo separações. Nessa
perspectiva o universo seria um holograma enorme e complexo sendo que qualquer
fragmento deste contém toda a informação original. Assim pode ser explicado
certos fenômenos da natureza tais como: telepatia, psicocinesia, ação da mente
sobre a matéria e outros.
Capítulo 7
Sempre para cima e sempre em frente! Além da
quinta dimensão.
Jones trabalha nesse capítulo sobre a teoria
das “Dimensões” além desta tridimensional em que vivemos: largura, altura e
profundidade; apresenta o tempo somo sendo a quarta dimensão e dentro do tempo
a existência da quinta dimensão. Propõe também que nosso cérebro é programado
para reagir a objetos de até três dimensões, sendo isso o que o nosso estágio
evolutivo necessita mas nada impede que no futuro essa necessidade mude.
Questiona-se aqui o tempo e sua real
existência ou porque não ser o produto de nosso cérebro consciente para dar
sentido aos acontecimentos e medir nossa presença sobre a Terra.
Capítulo 8
O Campo de todas as
possibilidades: Energia do ponto zero e guerra à gravidade.
É tratado aqui do instigante tema CPZ – Campo
do Ponto Zero, teoria que propõe que o vácuo do espaço é repleto de partículas
gerando energia existente por toda parte do universo unindo ou repelindo os
elementos. Esse campo é invisível aos olhos e fonte de ilimitado potencial de
energia gratuita.
Há empresas aeroespaciais apresentando
projetos de captação da EPZ- Energia do Ponto Zero, para sustentação da vida
nas casas, dos veículos, empresas, etc.
3ª Parte: A Ciência parapsíquica
Capítulo 9
Você pode chegar aqui vindo de lá:
buracos-de-minhoca, dobras do tempo e paradas interdimensionais para caminhões.
No presente capítulo a autora discorre sobre
a possibilidade de viajarmos entre os mundos paralelos através dos
Buracos-de-minhoca sabendo que supõe-se dois tipos:
1-Intra-universais: conectam uma parte do
Universo A com outra parte do Universo A.
2-Interuniversais: conectam uma parte do
Universo A com outra parte do Universo B.
Um buraco-de-minhoca tem pela entrada um buraco negro e para saída um buraco
branco; sendo que não se sabe o que
acontece com a matéria que penetra um buraco negro. Tudo isso é teoria.
Outro item abordado é o tipo de civilização
que se encontraria nessas viagens. Michio Kaku afirma num artigo que o “erro
fundamental” que as pessoas mais cometem ao refletir sobre inteligências
extraterrestres é supor que elas são exatamente como nós embora estejam alguns
séculos à nossa frente.
Cita alguns autores criadores de teorias
sobre a possibilidade de realização dessas viagens criando campos
gravitacionais conduzindo as naves pelos universos. Um obstáculo fundamental
para que essas viagens aconteçam é a extração da Energia do Ponto Zero para
abastecer uma máquina para tal viagem. Existem pesquisas com esse propósito,
porém obtiveram pequenas doses dessa energia. Devido a interesses econômicos
por parte dos envolvidos com as empresas de petróleo e gás natural, verbas para
tal pesquisa são escassas.
Outro assunto instigante que os
buracos-de-minhoca nos conduz é a possibilidade de viajarmos entre o presente,
o passado e o futuro; tema que foi amplamente abordado no século vinte pelo
cinema e pesquisado em laboratório desde Marconi e Edson.
Capítulo 10
Ressonância: nado sincronizado no mar
quântico.
Em fins da década de noventa o físico Paul
Steinhart cunhou a palavra “quinta-essência, referindo-se a uma matéria escura
ou campo misterioso no universo exercendo pressão negativa alterando a expansão
impedindo prever com precisão o destino do universo.
De acordo com o físico David Bohn essa
energia atuante no universo, é condutora de matéria visível e invisível onde
habita a matéria e o espírito. Nesse universo existem vibrações dinâmicas de
energia pura como base para criação de matéria e servindo de portal para onde
circulam os fantasmas, os OVNIs e as habilidades psíquicas.
Um dado importante para que ocorra a captação
dos diversos campos energéticos estabelecendo comunicação entre eles é a
ressonância, definindo uma sintonia entre as realidades tornando possível a
percepção de outras dimensões.
Pesquisas em camundongos doentes e moribundos
foram realizadas na década de cinquenta
do século passado, tentando mostrar a possibilidade dos corpos absorverem
energia orgônica para restabelecimento da saúde. Acredita-se que esse campo
pode ser manipulado promovendo bem-estar físico. Essa energia tem semelhança
com a energia “ki” dos orientais que prima pela aquisição do equilíbrio da
energia vital como condição primordial para o bem-estar mental, espiritual e
físico.
Outro assunto comum à ressonância é o déjà
vu, que é a capacidade de captarmos informações passadas ou futuras de nossas
experiências mesmo por poucos minutos. É a possibilidade de vaguearmos por
outras realidades acreditando a autora ser extremamente benéfico que não sejam
viagens longas por nosso cérebro não ter estrutura para tantas informações
sendo possível comprometermos nossa sobrevivência.
Capítulo 11
Mente cósmica, mente consciente: consciência,
percepção e o poder do observador.
Citando pesquisas variadas a autora analisa o
quanto a consciência participa das perspectivas. Como assim? A consciência é a
chave da experiência se fazendo conhecida para os mundos interior e exterior,
captando informações arquivadas no tempo tanto passado quanto futuro. Como
exemplo Jones cita os casos em que pessoas perdem os aviões em que viajariam,
em seguida esses aviões explodem no ar; pessoas que deliberadamente não saíram
de casa no dia do ataque terrorista em 11 de setembro de 2001.
Por essa porta entidades como os fantasmas ou
OVNIs ingressam em nossa consciência porque descobriram o mecanismo operacional
que lhes possibilita essa comunicação. Supõe-se que a consciência cria uma
realidade e que muitas vezes tornam-se experiências compartilhadas vindo a
ocorrer uma onda de fatos percebidos por várias pessoas durante um tempo,
podendo ser OVNIs, fantasmas, poltergeist, etc.
No pensamento de alguns teóricos nossa
consciência é responsável não só por modelar nossa percepção, mas também por
criar a nossa realidade. De acordo com o físico Peter Russel em seu livro Da
ciência até Deus: O mistério da consciência e o significado da Luz, “o que
tomamos por realidade é simplesmente a maneira particular pela qual a mente
humana vê e interpreta o mundo físico.”
De acordo com algumas pesquisas as percepções
do observador guarda relação direta com seus valores.
Capítulo 12
O que está no alto é
como o que está embaixo: sabedoria antiga e ciência moderna.
Neste capítulo Jones cita filosofias sobre a
Criação ditadas por religiões antigas em diferentes países explicando a origem
do universo e da vida terrena; compara os textos antigos com as pesquisas dos
cientistas da física quântica e teórica estabelecendo as conexões entre o
pensamento religioso e o científico. Também apresenta algumas experiência psi
durante sua vida.
Epílogo
O que os sonhos poderão vir a ser.
Marie Jones conclui refletindo sobre os
caminhos das pesquisas científicas, a velocidade das alterações das teorias
apresentadas ao mundo científico; teorias essas de um passado mais distante aos
dias atuais.
Concluiu seu pensamento com o real raciocínio
de que ninguém sabe tudo mas todos sabemos alguma coisa; físicos, estudiosos da
paranormalidade, religiosos, cada um sabe alguma coisa em acordo com sua área de pesquisa e atuação.
Acredito da sapiência de suas palavras e na
necessidade do respeito e valorização da e entre as diferentes linhas de
pesquisas e pensamentos do ser.
Obs.: Obra estudada no Curso Terapia Lumni com as terapeutas Carmem Farage e Bárbara Bastos.
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